29 setembro 2011

Superclássico nem tão super assim...

Por Fernando Zimmer

Brasil e Argentina duelaram pelo troféu Nicolás Leós (Presidente da CONMEBOL), formando assim o Superclássico das américas.
Em um acordo entre a CBF e a AFA (as duas grandes mandatárias do futebol em sesu países), cada seleção poderia convocar apenas jogadores que atuem ou no Brasil ou na Argentina.

O primeiro jogo, realizado na Argentina, foi patético, 0x0. Duas seleções perdidas em campo, desentrosadas. A única coisa que valeu a pena foi a chaleira do Leandro Damião para cima do lateral esquerdo argentino Papa.

Ontem, no segundo jogo entre as duas seleções, realizado em Belém - PA, teve uma surpresa por parte do técnico argentino. Ele convocou os atletas que argentinos que atuam no Brasil, ou seja, bons jogadores que brilham nos gramados brasileiros - entre eles Montillo (Cruzeiro), D'Alessandro, Guiñazu e Bolatti (Internacional). Excelente para o confronto!
Mas vem a polemica de Mano Menezes, que não perdeu a oportunidade e reclamou da abertura que existe no regulamento da mini-competição. Como não há qualquer jogador brasileiro disputando o campeonato argentino, Mano achou que estava em desvantagem em relação ao selecionador argentino.
Sabella, muito tranquilamente, falou que o regulamento permite essa convocação e que a única vantagem que teria em relação ao Mano, é que nenhum jogador brasileiro atua no futebol argentino.
ÓBVIO! Só o Sr. Menezes para reclamar disso.

Porque dentro de campo, nada como jogadores de qualidade atuando pelos dois lados do campo. Ficou claro que Guiñazu e Montillo deram maior qualidade ao meio de campo argentino. Pena que o D'Alessandro estava machucado e não pôde participar.

Mas o jogo em si teve um primeiro tempo fraco. Argentina chegou pouco e Brasil finalizou pouco.
O segundo tempo foi diferente, os hermanos subiram mais vezes ao ataque, fizeram o goleiro Jefferson trabalhar (e trabalhou muito bem), mais isso trouxe os contra ataques da seleção brasileira, a forma que melhor se encaixou na seleção nos últimos anos, diga se de passagem, desde a era Dunga.
Foi numa dessas que Lucas (um dos melhores em campo) disparou e fez 1x0.
O 2x0 veio com uma bela arrancada de Cortês (outro dos melhores em campo), um belo passe para Diego Souza rolar para Neymar ampliar.
Fim de jogo e Brasil campeão do Superclássico das Américas - Taça feia e pesada (17kg) - até lembra o homenageado Nicolás Leós.

Destaques do jogo:
Os argentinos estão com seu campeonato nacional muito enfraquecido, a convocação dos atletas que atuam no Brasil é imprescindível.
Entre os brasileiros, Mano repatriou Marcelo para a lateral esquerda e ganhou do Botafogo um ótimo Cortês, também lateral esquerdo. Ele tem muita qualidade ofensiva e não deve nada na defesa, falhou no começo do jogo quando deixou seu lado desprotegido, mas pegou confiança e não errou mais.
Lucas Silva finalmente foi titular, jogou muito, fez um gol e literalmente deu o sangue pela seleção, merece o espaço.
Jefferson teve uma atuação muito segura. Mostra que está preparado para ser o titular da seleção, deixando Julio César, em má fase, no banco.

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