Barcelona x Real Madrid - Parte 4/4

Por Fernando Zimmer

Jogo bom, mais bonito que os outros três, com Real Madrid mais solto e jogo destravado.
Barcelona manteve o esquema, com Puyol na lateral esquerda, Mascherano no miolo da zaga e agora Iniesta de volta ao time titular.

Começo de primeiro tempo o Real Madrid parecia confiante, mais brigador, com um time mais solto e com Kaká de titular. Marcação no campo do Barcelona e pressionando o toque de bola do adversário. Mas a tranquilidade desse time de Pep Guardiola é fora do comum... eles bricam de "não está mais comigo", para lá e para cá até encontrar um espaço.
O espaço de verdade apareceu por volta dos 25 minutos do primeiro tempo, ai o Barça cresceu e bateu, bateu, bateu... Casillas pegou, pegou e pegou, posso dizer que fez um parcial milagre. Messi achou seu caminho, driblou, chutou, avançou e quase marcou.

Para o segundo tempo o Real Madrid parecia estar melhor, mas continuava não finalizando ao gol de Victor Valdés. Os barcelonistas continuaram tocando a bola pacientemente e magnificamente, mais de 60% de posse de bola. Até que Iniesta cresceu, driblou e colocou Pedro na cara do gol, 1x0.
Ai sim o Barça deitou, bola para todo lado e os brancos de Madrid perderam a cabeça, começaram a sarrafear os catalães.
Mourinho, de um hotel de Barcelona ligava para Karanka passando orientações. Pediu Adebayor no lugar de Higuaín e Ozil no lugar de Kaká.
Adebayor entrou para bater, foi ridículo, no primeiro lance levantou Busquets e saiu sem cartão. Depois continuou batendo e teve que fazer outras 5 faltas para um simples amarelo, que deveria ser um vermelho no primeiro lance.
Ozil melhorou o meio campo do Real, foi melhor do que Kaká, que entrou como titular, jogou 60 minutos e pouco fez ou até nada fez.
Seguindo o jogo percebia-se claramente uma angústia e uma raiva dos madridistas com o árbitro. Do outro lado estava tudo mais tranquilo, escondendo a bola e chamando as faltas, o Real ia lá e derrubava.
Mas num passe errado de Pedro, Xabi Alonso se adiantou e tocou para Di Maria que deu um come seco em Mascherano, que passou deslizando desnorteado até a meia lua, e chutou forte. A bola explodiu na trave e voltou pulando para o domínio do mesmo Di Maria que foi paciente e esperou o oportunista Marcelo fechar no primeiro pau e só rolou a bola, 1x1.
O Madrid ainda tentou, mas o Barça soube controlar o jogo e os ânimos do Real.

Barça pela 7ª vez em uma final de Champions, e dessa vez repetirá o palco de seu primeiro título, Wembley.

Acabou! 4 jogos fantásticos, uns melhores do que os outros, dois super times.
1 vitória para cada lado e dois empates. Sem contar o 5x0 para o Barça no final do ano passado.

Equilibrio nos resultados, mas dentro de campo o jogo foi completamente diferente. O time catalão foi superior nos quatro confrontos, na posse de bola, nas chances de gol, tática, técnicamente, em tudo. O Real foi superior em velocidade e força.
Resumo da obra, o maior clássico da atualidade tem uma vantagem considerável para o azul e grená. Mourinho parecia receioso depois do primeiro super clássico e tentou reeditar a sua Internazionale defensiva do ano passado. Guardiola continuou centrado e mantendo o formato da equipe. Venceu o melhor do melhor do mundo... Messi é Messi, e o resto é Cristiano Ronaldo.